SINCOMERCIÁRIOS de Sertãozinho e Pontal deve apoiar greve geral do dia 14

SINCOMERCIÁRIOS de Sertãozinho e Pontal deve apoiar greve geral do dia 14
Jonathan Faleiros, presidente do Sincomerciários de Sertãozinho e Pontal [Foto: Divulgação]

11/06/2019

O Sindicato dos Empregados no Comércio Atacadista e Varejista de Sertãozinho e Pontal (SINCOMERCIÁRIOS) deve apoiar a paralisação programada para a próxima sexta-feira (14) de junho.

Em entrevista ao repórter Jota Show, da Rádio Comunitária FM, o presidente Jonathan Faleiros explicou que a decisão foi tomada em comum acordo com todas as centrais sindicais que presentaram os trabalhadores no Brasil.

“Foi um consenso da centrais que representam os trabalhadores de Brasil e nós como os representantes dos Comerciários entendemos também que participar dessa greve vai de encontro com as nossas reivindicações”, explica Faleiros.

Uma das principais reinvindicações é a Reforma da Previdência que, de acordo com as centrais sindicais prejudicaria ainda mais os trabalhadores.

“Entendemos que essa reforma, dentro daquilo que é exposto para nós trabalhadores, vai nos prejudicar. Então essa é a bandeira que nós vamos levantar e a greve é uma maneira, é uma ferramenta. Estamos usando outras ferramentas dentro do congresso como o diálogo com audiências públicas para convencer que, se há realmente a necessidade de fazer uma reforma, para que ela seja bastante discutida no meio dos trabalhadores e não só com o outro lado. Esse é o entendimento nós trabalhadores no caso específico dos Comerciários”, ressalta.

O presidente do SINCOMERCIÁRIOS critica os argumentos usados pelo Governo Federal para defender a Reforma da Previdência. De acordo com Jonathan Faleiros, a ideia de gerar mais empregos mexendo na forma de contribuição para o INSS é falsa. “Nós já tivemos uma experiência muito recente que foi a reforma trabalhista e a Reforma Trabalhista. O ‘chavão’ da conversa foi que ela ia gerar emprego, ia desatar o ‘nó para a geração de emprego’ e foi o contrário não gerou empregos”, destaca.

“Eu quero simplificar a questão porque nós somos contra a reforma da Previdência. Nem vou falar números, porque números se falam muito já nas mídias globais. Nós trabalhadores da iniciativa privada há muito tempo viemos cedendo, não se fez outras reformas do que não a dos trabalhadores, da iniciativa privada não. Há bastante tempo os trabalhadores recolhem sobre aquilo que recebem no holerite, no contracheque 8%, 11% e isso vai para o INSS. Quando ele chega na condição de aposentar aí se tem muitas regras para tirar o direito de aposentar com 100%, então você não tem uma idade suficiente para atingir o ponto e não aposenta sobre aquilo que contribuiu. Ele aposenta com 30, 40 e até 50% a menos, só não sai abaixo do mínimo porque é proibido. Não tem sentindo. Já se tem o fator previdenciário que foi criado como uma regra que nós trabalhadores, então eles vêm mudando e nós entendemos que, se tem que fazer alguma reforma, que seja para onde ainda não foi feito”, analisa.

Sobre a mudança na forma de contribuição que, de acordo com a reforma possibilitaria também a capitalização, o presidente do sindicato dos comerciários destaca que pode ser perigoso para o trabalhador.

“Hoje a reforma da Previdência, da maneira que está, estão falando que ela está deficitária, mas ela tem três pilares. Fazem a contribuição, o patronal, o governo e o trabalhador. Então, ela é todo mundo depositando no em ‘um pote só’, quando se aposenta é rateada entre todos. No sistema de capitalização é o trabalhador individual que vai contribuir, fazer uma poupança, e lá na frente ele tem aquele dinheiro. Como nós podemos apoiar esse sistema de capitalização se a maioria dos Trabalhadores no emprego está que poupar, a maioria das suas compras é parcelada e ele precisa fazer financiamento? Então essa realidade da capitalização privilegia os mais ricos que têm condições de fazer uma poupança, de comprar um imóvel, enfim se preparar para o futuro”, destaca.

“Estamos com o novo governo, quem votou a favor quem votou contra, isso agora não importa. O que importa agora é essa reforma e, da maneira que está lá, não se consegue aposentar”, finaliza Jonathan Faleiros.


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