Adoção de animais ajuda a combater solidão causada pelo distanciamento social
27/04/2020
Em tempos de enfrentamento da pandemia de Covid-19, em que é recomendado manter distanciamento social, muitas pessoas estão em casa e com mais tempo livre, sendo que algumas estão passando por esse momento sozinhas. A diminuição ou a falta de contato com outras pessoas pode trazer angústia, tristeza e em alguns casos até depressão.
Para combater esses sentimentos e a solidão, uma boa solução é adotar um animal abandonado. “Além de proporcionar companhia, eles oferecem muito carinho e diversão para toda a família, principalmente para quem tem crianças em casa”, declara a veterinária da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Andréa Pérez Cimino Bergamo.
Segundo o psicólogo da rede municipal de saúde, Lucas Vinco, existem algumas pesquisas que correlacionam o convívio com pets ao fortalecimento do sistema imunológico, diminuição de estresse e regulação do organismo. “Embora não haja comprovação científica sobre o convívio com animais ser eficaz no tratamento para depressão, especificamente, existem tratamentos que utilizam a convivência com pets como ferramenta de apoio psicológico”, informa Lucas. “Além disso”, ele completa, “a diminuição da tristeza e angústia pode ser efeito secundário aos benefícios já comprovados”.
Para a veterinária Andréa, este é o período ideal para a adoção, pois com o confinamento de todos os familiares em casa, a adaptação do pet ao novo lar fica muito mais fácil. “Dá para criar a rotina, dividir as tarefas, dar a atenção necessária e praticar os ensinamentos”, sugere a veterinária.
Lara Sicchieri, veterinária do Canil de Adoção Municipal, imaginava que haveria uma queda no número de adoções, já que as pessoas estão permanecendo em casa. Porém, ela relata que as adoções continuaram e até aumentaram. “Apesar do isolamento, as pessoas continuam a adotar. E estão declarando que é para fazer companhia para crianças e idosos”, conta.
A veterinária do Canil diz que, geralmente, as pessoas chegam ao canil procurando por filhotes e acabam adotando animais adultos. E lembra que é preciso que o cão ou o gato sejam compatíveis com o perfil do adotante. “É muito importante conhecer as características do ambiente e da família para enquadrar melhor o animal. Geralmente cães mais velhos são mais adequados para acompanhar idosos, enquanto animais mais jovens e mais ativos são mais indicados para crianças. Também é imprescindível avaliar o ambiente para que haja espaço adequado para o animalzinho”.
A guarda civil municipal, Elaine Regina Tobias Barboza, adotou o filhote Jon Snow, de 3 meses. A presença do cãozinho melhorou muito o bem-estar da família, que sentia muita falta da cachorrinha que os acompanhou por 12 anos e faleceu, vítima de um câncer. “Eu preciso trabalhar, mas meu esposo e meus dois filhos ficam em casa, cumprindo a quarentena. E o cachorrinho faz muita companhia pra eles, principalmente para o meu filho mais novo, de 17 anos. Cachorro é tudo de bom, traz muita alegria”.
Andréa afirma ainda que, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, não há evidências que cães e gatos possam transmitir ou se infectar com o novo coronavírus. No entanto, ela recomenda alguns cuidados nesse período de pandemia. “Substitua os passeios ao ar livre por brincadeiras dentro de casa. Mas, se for imprescindível levar seu bichinho para passear, procure fazer de forma distanciada de outras pessoas e evitar que passem as mãos nos cães. Além disso, é preciso higienizar as patinhas dos cães antes de entrar em casa. Você pode usar água morna e o shampoo próprio para o animal, e secar bem”.
O Canil Municipal recebe candidatos para adoção de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h. Para adotar um animal, basta ser maior de 18 anos e comparecer ao Canil com RG, CPF e comprovante de residência. O endereço é Av. José Ferreira dos Reis, 890 – Jardim Itapuã. Um termo de posse responsável deve ser assinado pelo adotante no ato da adoção. Mais informações: 3947-3218.
Mas, atenção! O convívio com animais traz benefícios, só que também responsabilidades. A crise vai passar, mas o pet ficará com você e sua família. Lembre-se que um cão ou gato vive cerca de 15 anos e será sempre dependente de você.
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