Cartaz da Campanha da Fraternidade 2020 é inspirado em Irmã Dulce
13/02/2020
O cartaz da Campanha da Fraternidade 2020, cujo tema é ‘Fraternidade e vida: dom e compromisso’, remete à figura de Irmã Dulce, canonizada em outubro do ano passado. O cartaz também apresenta, ao fundo, o Pelourinho, lugar icônico da capital baiana.
A CF 2020 toma como referência a Parábola do Bom Samaritano (Lucas 10, 25-37). A Parábola do Bom Samaritano é composta por personagens anônimos. O Sacerdote e o Levita, desviam-se do homem ferido, pois não tinham tempo para ele. O Samaritano aproxima-se da vítima dos salteadores e, movido pela compaixão, gasta seu tempo, ficando com ele à noite na hospedaria. No dia seguinte paga as despesas da sua estadia e promete retribuir ao dono da hospedaria tudo o que por ventura gastasse a mais para cuidar daquele que sofreu o assalto.
A postura inesperada do Samaritano contém o centro do ensinamento de Jesus: o próximo não é apenas alguém com quem possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos aproximamos. Não é a Lei, vínculo sanguíneo ou ligação afetiva que estabelecem as prioridades, mas a compaixão, que impulsiona a fazer pelo outro aquilo que nos é possível, rompendo com toda indiferença. A lei é esta: todos devem ser amados, sem distinção.
Ser capaz de sentir compaixão é a chave da obediência à vontade de Deus, que ama toda a criação: Servir! Ver! Sentir, ter compaixão e cuidar é o autêntico Programa Quaresmal.
Quaresma é tempo de abertura ao mistério da dor, morte e a cruz do Crucificado, Vencedor da Morte. A Igreja recorda que esse caminho do calvário e vitória de Cristo, exige de nós jejum, oração e a esmola. No jejum somos conectados à dor dos que tanto sofrem pela falta de vida digna. A oração, diálogo de amor e amizade, é aproximação que nos possibilita sermos tocados pelo amor e ternura de Deus. A esmola é a partilha de vida, cuidado amoroso que nasce da liberdade da renúncia para a entrega amorosa. Jesus é o verdadeiro bom Samaritano que se aproxima dos homens e das mulheres que sofrem e, por compaixão, lhes restitui a dignidade perdida. A entrega de Jesus na cruz é apenas o culminar desse estilo que marcou toda a sua vida.
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