Condenados não devem lucrar com filme sobre seus crimes
07/03/2024
Inspirado na legislação americana, um projeto de lei do deputado Altineu Côrtes, do PL do Rio de Janeiro, quer proibir a pessoa condenada de lucrar com a produção de filmes, séries e livros sobre o crime cometido por ela.
Segundo o texto, os condenados poderiam querer lucrar com a venda da história para produtores ou editores, além de cobrar para dar entrevistas exclusivas ou ganhar com o fornecimento de material para produção de biografias.
Nos últimos anos esse assunto ganhou força por conta dos sucessos do gênero True Crime, que aborda casos criminais reais.
Aqui no Brasil, a trilogia de filmes “A menina que matou os pais”, recontou o caso de Suzane Von Richthofen, um dos mais famosos do país.
Lançado em 2021, o filme abriu o debate sobre os criminosos lucrarem com obras intelectuais. Na época, o roteirista Raphael Montes ressaltou que a autora dos crimes não recebeu nada referente aos filmes lançados.
Na legislação americana, um conjunto de leis conhecidas como "Son of Sam laws", ou “Lei do filho do Sam” autoriza o estado a receber todo o dinheiro arrecadado pelo criminoso por cinco anos, com o objetivo de compensar a família das vítimas.
O nome da lei faz referência a um assassino em série dos anos 70, que referia a si mesmo como "filho de Sam".
Caso seja aprovado, o projeto de lei determina que se o condenado tiver recebido qualquer valor, a vítima ou seus herdeiros poderão requerer o dinheiro recebido mais danos morais.
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