Em Sertãozinho, trabalho de prevenção ao Aedes aegypti é diário

Em Sertãozinho, trabalho de prevenção ao Aedes aegypti é diário
Agente de Controle de Vetores durante visita domiciliar no bairro Shangri-lá, nesta semana [Foto: Ana C. Fantin]

01/02/2019

Verão é tempo de chuva e calor, fatores que contribuem para acelerar a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Por isso, nessa época é tão importante redobrar os cuidados na eliminação de criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika, Chikungunya e febre amarela urbana.

Juliano Mossin, diretor da Divisão de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde de Sertãozinho, explica que: “com mais chuvas, cresce o número de criadouros. E, com o calor, a água fica com a temperatura ideal para que as larvas se transformem mais rápido em mosquitos”.

Uma das maneiras de prevenir o surgimento de novos criadouros e de combater ativamente os já existentes é através de campanhas educativas e ações preventivas, como as visitas domiciliares feitas pelo Controle de Vetores, que são intensificadas nessa época do ano.

“Essas visitas são importantes, pois o agente de controle de vetores tem a oportunidade de gerar ações educativas preventivas e eliminar criadouros, além de incutir essas atitudes no munícipe em seu dia a dia, transformando as opiniões e gerando agentes multiplicadores”, descreve Mossin.

Segundo dados do Controle de Vetores, no verão, cerca de 3% a 5% dos imóveis apresentam algum problema relacionado a criadouros de mosquitos, ao contrário do que ocorre no inverno, quando esse número fica próximo de zero. “Por isso, no inverno, a transmissão de dengue, zika e chikungunya quase não ocorre”, afirma Juliano.

Há um cronograma de visitas bairro a bairro a ser seguido pelo Controle de Vetores. Mas, a prioridade é dada para visitas em casas localizadas em regiões onde haja suspeita de uma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Nesses casos, os agentes realizam o que chamam de bloqueio, que é a eliminação de todos os criadouros da residência da pessoa infectada e dos domicílios dos quarteirões que a rodeiam.

“Em casos importados de outros municípios, são bloqueados todos os imóveis dos nove quarteirões ao redor do caso. Em casos autóctones, que provêm do próprio município, são bloqueados 25 quarteirões para tentar impedir a transmissão da doença”, detalha Mossin.

Ao realizar as visitas, os agentes de controle de vetores se apresentam uniformizados com o logotipo da Secretaria de Saúde, portando crachá e bolsa com equipamentos. Além disso, sempre informam ao munícipe o motivo da visita e qual atividade será realizada no imóvel.

Uma vez na residência, os agentes realizam a vistoria dentro e em volta do domicílio, procurando e avaliando todos os tipos de possíveis criadouros do mosquito. Quando encontrados, eles são eliminados ou modificados de forma que não acumulem mais água. “São também dadas orientações ao morador de como proceder para que não ocorra este fato novamente, com a distribuição de folhetos explicativos sobre possíveis criadouros e sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e suas diferenças”, informa Juliano.

Os locais onde os agentes mais encontram criadouros dentro das residências são em vasos com plantas, bandejas de geladeiras, ralos e vasos sanitários sem uso.

Além do bloqueio feito pelo Controle de Vetores em todas as residências no entorno de casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya, é feita também a aplicação de inseticida, através de nebulização portátil motorizada ou de termonebulização motorizada acoplada a uma caminhonete, com a finalidade de exterminar os mosquitos contaminados, evitando que eles espalhem as doenças ao picar outras pessoas.

Mossin reforça que, a responsabilidade não é apenas da Administração Pública, mas de todos os cidadãos. “Precisamos mudar a cultura dos mutirões e conscientizar os munícipes a realizarem o descarte adequado do seu lixo, como pneus em eco pontos, e latas e garrafas para a reciclagem”. Ele chama a atenção para criadouros que não podem ser removidos, como caixas d'água, ralos, piscinas, vasos de plantas, calhas e lajes.

“Uma caixa d'água destampada, por exemplo, pode gerar muitos mosquitos e, assim, contaminar muitas pessoas”, alerta. Outra ação importante é a limpeza diária, com água, escova e sabão, de comedouros e bebedouros de animais de estimação. Isso serve para evitar a fixação e desenvolvimento dos ovos dos mosquitos.

Ao longo do ano de 2019, além das visitas domiciliares, a Divisão de Controle de Vetores continuará a realizar ações educativas nas escolas de educação infantil e ensino fundamental. “Faremos palestras, demonstrações e orientações sobre como prevenir as arboviroses, que são as doenças transmitidas por mosquitos. Também falaremos sobre as pragas urbanas, como ratos e escorpiões”, antecipa Juliano, que completa: “toda a sociedade deve colaborar para minimizarmos riscos e exercemos a cidadania, através de nossos direitos e deveres”.

A Divisão de Controle de Vetores fica na avenida José Ferreira dos Reis, 890 – Jardim Athenas. Para agendar uma visita dos agentes, ligue para 3945-5369. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 16h.


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