Entenda a importância da castração de cães e gatos

Entenda a importância da castração de cães e gatos
Procedimento de castração deve ser feito em ambiente cirúrgico exclusivamente por médicos veterinários e pós-operatório requer cuidados por parte do tutor | Foto: Divulgação

Procedimento vai além da melhoria da qualidade e da expectativa de vida dos animais de estimação, e está diretamente ligado à redução de animais em situação de abandono

08/02/2023

Outubro Rosa Pet, Novembro Azul Pet, Dezembro Verde... você já parou para pensar o que as campanhas que marcaram o último trimestre do ano passado têm em comum? Muito mais do que alertar para doenças que podem ser prevenidas e conscientizar sobre o abandono animal, as três convergem para um tema que deve ser tratado com prioridade pelos tutores: a esterilização (castração) de cães e gatos.

A castração é uma cirurgia fundamental para a saúde dos animais de estimação, que deve ser feita em ambiente cirúrgico, exclusivamente por médicos veterinários. Ela não só previne a gestação em si, como também evita desequilíbrios hormonais em fêmeas, como, por exemplo, a gravidez psicológica, o comportamento agressivo em machos, além de proteger o animal de diversas doenças que podem levar à morte, como tumores mamários e de ovários, doenças uterinas, como a piometra, a hiperplasia prostática nos machos, entre outras.

Um fato importantíssimo, que também está relacionado à saúde pública, é que a cirurgia evita gestações indesejadas, reduzindo a população de cães e gatos em situação de abandono, que passam por dificuldades diversas morando nas ruas.

Sobre o momento ideal para castrar o pet, a médica veterinária da Vetlife - Centro de Saúde Animal, Mariane Bisson, explica que vários fatores devem ser levados em conta. “Quando o animal é de grande porte, orientamos que a castração seja realizada dos 12 até os 18 meses de vida. Porém, existem casos em que a intervenção cirúrgica é feita mais cedo, devido a fatores como desenvolvimento de comportamento agressivo e em casos de tutores que possuem vários animais e necessitam evitar uma gestação indesejada ou até mesmo conter a possibilidade de comportamentos de disputa no ambiente”, explica a profissional que pondera: “o ideal é que o tutor consulte o médico veterinário de sua confiança e tome a decisão com base em suas orientações técnicas e de acordo com a sua necessidade”.

Segura e eficaz, a cirurgia de castração costuma ser rápida e simples, feita com o animal sob anestesia geral inalatória. Os métodos cirúrgicos utilizados são:

- Orquiectomia: extração de ambos os testículos dos machos;
- Ovariosalpingohisterectomia (OSH): remoção do útero e ovários das fêmeas.

Cuidados pós-cirúrgicos

Após a cirurgia, é importante que o pet utilize o colar elizabetano ou roupa específica para proteger a área da incisão e os pontos. Deve-se ter cuidado para que o animal não faça muito esforço físico durante o período pós-operatório, como subir ou descer de camas e sofás, por cerca de 7 a 10 dias. Há situações em que o tutor deve retornar ao médico veterinário para retirar os pontos; em outros casos, os pontos são absorvíveis.

Os medicamentos prescritos pelo médico veterinário devem ser dispensados corretamente para evitar complicações. Logo após a cirurgia, não é recomendado forçar o animal a comer, já que a anestesia pode deixar o cão ou o gato enjoado, provocando vômitos e esforço físico que pode ser prejudicial.

Passado o período pós-cirúrgico, do ponto de vista clínico, seu animalzinho estará apto a ter uma longevidade maior, já que estará fora de risco de desenvolver toda a gama de doenças provocadas pela ausência da castração.


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