Jogos digitais podem ajudar na alfabetização
30/03/2020
Um experimento realizado com alunos de educação infantil mostrou que o uso de jogos digitais com conteúdo como separar sílabas, juntar sons e formar palavras, aumentou a aprendizagem e a qualidade da leitura e escrita das crianças.
O resultado faz parte da tese de doutorado do pesquisador brasileiro Américo Amorim, defendida na Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. Américo é bolsista de produtividade desenvolvimento tecnológico e de extensão inovadora do CNPQ, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O estudo surgiu após a constatação de que o baixo aprendizado em leitura e escrita está associado à falta de estímulo das crianças na faixa etária pré-escolar.
Partindo disso, Américo desenvolveu um jogo, composto por 20 atividades, e que roda em tablets de baixo custo.
O jogo foi aplicado a 750 alunos, de 62 turmas, de escolas das cidades Pernambucanas de Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes.
Ao analisar o desenvolvimento das crianças que usaram o jogo, com as que não usaram, notou-se quem jogou ficou com a leitura 68% melhor e a escrita 48% superior a de quem não jogou.
Atualmente, o programa desenvolvido por Américo é usado em mais de 100 escolas nos estados do Pernambuco, Ceará e São Paulo, a maior parte na rede pública.
Além de trabalhar a alfabetização de forma lúdica, o jogo ainda gera relatórios que permitem que professores acompanhem o aprendizado de cada aluno.
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