O grande crucifixo submerso que só pode ser visto quando o lago congela

O grande crucifixo submerso que só pode ser visto quando o lago congela
Foto: Divulgação

O Crucifixo de Petoskey é uma escultura de 3,35 metros de comprimento e 839 quilos, em mármore branco, feito na Itália e levado em 1956 para os Estados Unidos, onde hoje repousa no fundo do Lago Michigan, a 8 metros de profundidade e a mais de 200 metros da margem.

Para vê-lo e venerá-lo, é preciso caminhar sobre a superfície congelada do lago, o que nem sempre é possível: nos invernos de 2016 a 2018, por exemplo, a instabilidade do gelo não permitiu que os fiéis chegassem até o local; já em 2019, a onda de frio mais intenso garantiu a consistência necessária para que, em março, os visitantes pudessem ver a escultura, ajudados por iluminação subaquática.

Quem prepara a estrutura quando o tempo permite é um clube local de mergulho, que perfura o gelo para permitir que o crucifixo seja visto a partir da superfície do lago. A única maneira de contemplá-lo, além desta, é mergulhar, o que seria ainda mais complexo para a maioria dos visitantes.

A história do Crucifixo

A escultura foi encomendada por uma família rural da localidade de Rapson depois que seu filho Gerald Schipinski morreu aos 15 anos num acidente ocorrido na fazenda. O crucifixo, porém, sofreu muitos danos durante o transporte da Itália até os Estados Unidos, e, quando foi entregue, os pais se recusaram a aceitá-lo e exigiram uma escultura em boas condições, conforme tinham pedido.

O crucifixo danificado ficou durante cerca de um ano na paróquia de São José, em Rapson, e, no ano seguinte, foi adquirido pelo clube de mergulhadores. Eles queriam mergulhar a imagem no Lago Michigan para homenagear um colega, Charles Raymond, que havia morrido afogado. Mais tarde, a homenagem foi estendida a todos os mergulhadores que perderam a vida nas águas do grande lago norte-americano, próximo da fronteira com o Canadá.

Nos anos em que a consistência do gelo permite, os fiéis são convidados, em um sábado de fevereiro ou março, a percorrer a superfície congelada do lago e ter a rara oportunidade de visualizar a escultura submersa. Em 2015, foi registrado um recorde de 2.021 visitantes, que fizeram fila durante duas horas e meia para ver o crucifixo e rezar. A oportunidade seguinte só ocorreu quatro anos depois.

Fonte: Aleteia


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