O retorno das Pontes
15/07/2020
Fazendo um parêntesis dos artigos que venho escrevendo sobre as infrações de trânsito nesta coluna, no presente, vou tecer comentários a respeito do retorno de algumas pontes na avenida Antônio Paschoal, em nossa cidade.
Já escrevi sobre a exclusão da metade do número de pontes de um total de 14, que existia na avenida antes de ser realizada a obra da macrodrenagem no Córrego Sul que passa pela extensão da avenida, a qual, praticamente, separa a cidade entre um lado e outro.
Lembro-me que quando soube que a obra iria excluir metade das pontes existentes me posicionei contra e escrevi sobre isso por achar um grande erro tais eliminações tendo em vista a posição geográfica dessa avenida na cidade.
Sabe-se que de um lado da avenida predomina a maioria das indústrias, inclusive o Distrito industrial, e um grande número de trabalhadores reside também do outro lado que atravessa a avenida. Fato esse que intensifica cada vez mais o trânsito de veículos nas travessias da referida avenida, para ambos os lados, o que é feito também pela população da cidade, aumentando esse trânsito.
Assim, o trecho principal que abrangia todas as pontes em número de catorze, teve as obras terminadas e sete delas foram eliminadas. Porém, de lá para cá observou-se a grande falta que passaram a fazer à população, principalmente ao trânsito com o crescente número de veículos cada vez maior.
Essa situação acabou por fazer com a ajuda de determinados vereadores, um trabalho até político, no tocante à verba, visando a reconstrução da ponte da Rua Expedicionário Solano. Concluída essa, em seguida, também, passaram a ser reconstruídas a ponte da rua Dr. Olidair Ambrósio e, em data mais recente, a da rua Expedicionário Lelis.
Foi muito importante a volta dessas pontes para a melhor fluidez do trânsito e a mobilidade da população, incluindo comerciantes, empresários e trabalhadores em geral, que se locomovem de um lado a outro, constantemente.
Ora, a avenida quando construída, fora projetada para ter as catorze pontes, dada a sua situação geográfica, e a eliminação de sete delas, não foi condizente com o crescimento da cidade e do número de veículos, haja vista que, atualmente, constrói-se mais uma na avenida Egisto Sicchieri, tamanha é a importância de pontes para uma melhor fluidez do trânsito e da mobilidade urbana.
Ainda na minha opinião, falta reconstruir, por justiça e reconhecimento a quem foi considerado o principal fundador de nossa cidade, a ponte da rua Antônio Malaquias Pedroso, esse ilustre cidadão que plantou a primeira semente para fundar a nossa cidade. Ele que em 1876, fez a doação de 12,5 alqueires de terra à Nossa Senhora Aparecida e construiu uma capelinha, onde é a Praça 21 de Abril, e que se tornou a Igreja Matriz, conforme registros históricos de Sertãozinho. E a exclusão dessa ponte não deixou de ferir a gratidão que a cidade deve a ele pelo que fez.
É importante observar também que, outros ilustres sertanezinos, cujos nomes foram dados às ruas que atravessam a referida avenida, tiveram mantidas as pontes nas ruas que levam seus nomes. Então nada mais justo que assim seja feito também, com o principal fundador de nossa cidade.
Eduardo Antônio Maggio é advogado e colunista colaborador do Portal O Pinga Fogo.
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