RP estuda alternativa de abastecimento com águas superficiais em complemento ao atual sistema de produção

RP estuda alternativa de abastecimento com águas superficiais em complemento ao atual sistema de produção
Atualmente, toda a água consumida na cidade vem do Aquífero Guarani; Atlas Brasil recomenda busca de novo manancial | Foto: Guilherme Sircili

25/01/2022

Cuidar do Aquífero Guarani e garantir abastecimento de água de alta qualidade à população nas próximas décadas é dever e responsabilidade do poder público. Pensando nisso, a prefeitura de Ribeirão Preto seguiu as recomendações da Agência Nacional de Águas (ANA), que orientou a busca de um novo manancial, e conseguiu, junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional, recursos para custear um minucioso projeto de infraestrutura e respectivos estudos ambientais que analisarão a viabilidade de aproveitamento da água do rio Pardo para o abastecimento do município.

No “Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água”, a ANA aponta que Ribeirão Preto e outras 73 sedes municipais necessitam de novos mananciais, considerando a insuficiência de disponibilidade hídrica superficial ou subterrânea para o atendimento da demanda no longo prazo.

O valor total previsto para a elaboração dos estudos e projeto é de R$ 3.118.368,93, dos quais R$ 2.962.450,48 serão financiados pelo Ministério do Desenvolvimento, e os R$ 155.918,45 restantes serão contrapartida do Daerp.

Abastecimento hoje

Atualmente, o abastecimento de água em Ribeirão Preto é totalmente feito a partir do Aquífero Guarani, mas estudos geológicos apontam queda nos níveis do manancial, o que acende um alerta quanto à preservação da fonte e necessidade de busca de novas alternativas de captação de água.

A atual concepção da operação do abastecimento de água de Ribeirão Preto já está sendo revista e reestruturada pelo Daerp, através de um programa amplo de Gestão, Controle e Redução de Perdas. Com os investimentos feitos até o momento, as perdas no sistema de abastecimento foram reduzidas em 25,3%, passando de 61,48%, em 2016, para 49,06% em 2020. O programa pretende reduzir ainda mais essas perdas e recuperar um volume aproximado de 1 m³/s, a fim de garantir o abastecimento da cidade no médio prazo e diminuir a pressão sobre o Aquífero.

Abastecimento no futuro

Sede de região metropolitana e um dos municípios mais importantes do estado de São Paulo, Ribeirão Preto tem em seu DNA a vocação para o desenvolvimento econômico, mas precisa planejar ações que aliem desenvolvimento social e ambiental para alcançar sustentabilidade e garantir água de qualidade e em quantidade suficiente à população, que deve chegar a 900 mil habitantes em 10 anos.

Para tanto, o município deve agir pela preservação do Aquífero Guarani e assegurar uma nova fonte de abastecimento, de modo que, no longo prazo, os dois sistemas funcionem concomitantemente. Desta forma, a captação da água superficial do Rio Pardo diminuirá os volumes captados no manancial subterrâneo, reduzindo também os impactos.


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