Sertanezina fica 17h à espera de jogador do Palmeiras para tirar foto

Sertanezina fica 17h à espera de jogador do Palmeiras para tirar foto
Foto: Arquivo pessoal

13/07/2020 | Eddie Nascimento

Que loucura você faria para ver o seu ídolo no futebol? A jovem Lívia Ugeda Alves, de 14 anos, foi longe e enfrentou mais de 300 km para realizar o sonho de tirar uma selfie com o seu ídolo o jogador Dudu do
Palmeiras.

Essa não foi a primeira vez que sertanezina, apaixonada pelo Verdão, caiu na estrada e foi visitar o CT do clube do coração.

Juntamente com a companheira de viagem, a vovó Edna Ugeda, 56, elas saíram de Sertãozinho na última segunda-feira (6) e só retornaram dois dias depois para casa trazendo na mala muita história para contar. Não foi fácil! Foram 17h de muita paciência para enfim realizar o sonho.

“Eu sou palmeirense e sou muito fã do Dudu. Já havia conhecido todos jogadores mais quando fui encontrar o Dudu, ele tinha sido expulso na partida, então não cheguei a vê-lo. Quando fiquei sabendo que ele iria embora, eu desesperei, ninguém queria me levar a São Paulo, por causa da COVID-19 e das polêmicas”, explica Lívia Ugeda.

Mesmo contrariando a todos, ela insistiu e junto com a vó partiram em busca de realizar este sonho, tirar uma selfie com o Dudu, que confirmou sua saída do Palmeiras, por empréstimo ao Al Duhail, do Catar.

“Atormentei até que minha avó resolveu me levar. Saímos daqui segunda-feira à meia noite e chegamos às 5h em São Paulo. Ficamos 3h na rodoviária e em seguida fomos ao CT do Palmeiras, cheguei às 8h de terça-feira e permaneci lá até as 18h30. Vi todos os jogadores, menos o Dudu”, revela.

E Lívia não arredou o pé! Queria a foto com o ídolo. Ela conta que ficou na fila aguardan- do Dudu, mas sem sucesso.

“Minha avó já estava cansada e me disse que nós iriamos embora por que seria impossível vê-lo, então comecei a chorar até que um dos seguranças veio até nós e disse que o Dudu estava lá e ia parar para me ver mais tinha mais gente e ele não parou”, relata.

Ainda de acordo com Lívia, a opção era voltar para Sertãozinho ou esperar até o outro dia, ela escolheu a segunda. “Fiz a cabeça da minha avó e ficamos lá de terça pra quarta. Retornamos na quarta-feira de manhã, mas os treinos iriam ser as 15h30 e ali ficamos aguardando, não dava pra ver quem entrava e quem saia de carro por causa dos vidros pretos. Então não sabíamos se ele estava lá dentro ou não, até que resolvi ir lá conversar com os seguranças, e olhei e vi um carro descendo e logo que olhei consegui enxergar pela tatuagem no pescoço e pelo boné, então gritei a minha avó e ele parou, tremia tanto que nem acreditava, pedi alguns minutos e ele carinhosamente atendeu meu pedido. Tirei fotos e me despedi chorando por que não queria a saída dele”, descreve. “Foram 17h cansativas, mas eu encararia tudo de novo”, finaliza.


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