Manchas brancas ou avermelhadas em qualquer área do corpo podem, com alteração de sensibilidade ou dormência, podem ser sintomas de hanseníase | Foto: Divulgação

17/01/2025

A Prefeitura de Sertãozinho, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, com o apoio do Centro de Referência em Infectologia, promove ações de conscientização, prevenção e combate aos estigmas da hanseníase neste sábado, dia 18, a partir das 9h, na Praça 21 de Abril.

A hanseníase é uma doença infecciosa e transmissível quando não tratada, que tem a capacidade de atingir pele e nervos, causando lesões neurais incapacitantes. A transmissão ocorre através de gotículas provenientes da boca e nariz, quando um indivíduo com hanseníase, que não faz o tratamento, elimina no ar, por meio da fala, tosse ou espirro, o microrganismo, infectando outras pessoas.

Alguns dos sintomas são, manchas brancas ou avermelhadas em qualquer área do corpo, alteração da sensibilidade ao calor, frio e dor, principalmente, diminuição da sensibilidade e dormência.

Vale destacar que, a hanseníase tem cura e o diagnóstico precoce é importante para iniciar o tratamento, bem como, prevenir possíveis sequelas. Além disso, o paciente deixa de transmitir a doença a partir do momento em que realiza o tratamento, ou seja, pode conviver normalmente em sociedade, sem a necessidade de isolamento.

De acordo com o médico infectologista do Programa Municipal de Hanseníase, Frederico Martins Oliveira, a avaliação médica, entrevista com o paciente e exames físicos específicos, são fundamentais para a confirmação da doença. “Uma vez realizado o diagnóstico, o paciente tem acesso ao tratamento via SUS. Hoje, temos um esquema de antibióticos chamado de poliquimioterapia, que associa três diferentes medicações.

O tempo de tratamento é prolongado, podendo variar de 6 a 12 meses, a depender da apresentação da doença e da extensão do acometimento. O tratamento é curativo e evita a progressão para formas deformantes”, diz.

O médico alerta para os cuidados que o paciente deve ter, como manter o uso regular e correto das medicações, e realizar o acompanhamento com os profissionais. “Reforço que a hanseníase é uma doença negligenciada e subdiagnosticada. É importante difundir o conhecimento sobre essa condição de saúde para que possamos todos, profissionais de saúde e população, reduzir os estigmas e os impactos na saúde trazidos por ela”, finaliza.

Segundo a diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Fábia Tolvo, a conscientização é importante, pois o diagnóstico precoce favorece o paciente. “Além de evitar a transmissão, o tratamento no início elimina preconceitos relacionados à doença. Ela tem cura. Não existe faixa etária ou grupo social específico: todos estamos suscetíveis”, explica.

Em Sertãozinho o diagnóstico inicial pode ser realizado pelo médico, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que encaminhará o paciente para confirmação e tratamento com a equipe especializada no Centro de Referência de Infectologia, localizado à Av. Hideo Takada, ao lado da UBS da Cohab 3. O atendimento é de segunda a sexta feira, das 7h às 15h.

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