Os alunos Victor Gabriel e Júlia Magalhães, da rede estadual de ensino de Sertãozinho, foram aprovados em medicina na USP de Ribeirão Preto

17/02/2025

Sertãozinho destacou-se na região pelo número de aprovados em vestibulares para ingresso em 2025. Neste ano, 58 alunos da Escola Estadual “Winston Churchill” foram aprovados nas principais universidades do país em diversos cursos, como engenharia e pedagogia. Além disso, dois deles foram aprovados em medicina na Universidade de São Paulo (USP), por meio do Provão Paulista. De acordo com a direção da escola, a unidade encerrou seu primeiro ciclo de ensino integral no ano passado, com 63% dos alunos do último ano do Ensino Médio aprovados em universidades públicas e particulares por meio de políticas públicas como o ProUni.

O caminho para aprovação não foi fácil. Estudante das escolas públicas de Sertãozinho durante todo o ensino básico, Victor Gabriel, de 18 anos, sonhava em ser médico desde pequeno. “A USP sempre foi um sonho e eu me dediquei bastante”, relembra. O futuro médico acredita que a paixão pelos estudos facilitará essa jornada de seis anos: “quando estiver formado, quero atuar na rede pública de saúde. Eu me vejo ajudando as pessoas, fazendo o bem. Essa é minha missão”, disse. 

Também aprovada em medicina na USP de Ribeirão Preto, Júlia Magalhães relata ser uma jovem altruísta que, aos 17 anos, vê na prática da medicina a oportunidade para continuar contribuindo. “A medicina envolve sentimento. É muito mais que apenas atender um paciente”, ela avalia. A jornada da jovem até a aprovação foi de dedicação aos estudos, apesar dos obstáculos: “durante minha caminhada tive altos e baixos, passei por alguns problemas, mas sempre mantive o foco. Eu acordava e vinha para a escola. Na sequência, ia para o cursinho voluntário, que é desenvolvido dentro da USP pelos alunos, e voltava à noite para casa”, recorda a caloura.

Segundo a professora Natália Amorim, que acompanhou os alunos em todas as etapas até a aprovação, a sensação é de alegria e emoção. “Ao longo da minha carreira, percebi que muitos estudantes tinham dificuldades para ingressar na universidade. Partindo dessa análise, tracei um caminho para ajudá-los, desde o momento da inscrição, pedido de isenção e estudos para as provas”, relata a docente, emocionada. Ela elenca quais foram os segredos para o sucesso nas aprovações: “a receita é amor e humanidade, diferenciais para o sucesso deles”, conclui. 

Agora, os futuros médicos preparam-se para o início do ano letivo em março, no campus da USP Ribeirão Preto, e sonham com a profissão. Júlia quer ser dermatologista. Já Victor sonha em ser cardiologista, mas não descarta a possibilidade de seguir outras áreas médicas. Enquanto o momento não chega, a dupla esbanja alegria e emoção após todo o caminho percorrido até aqui. 

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